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Os Números de 2023 de World Observer by Claudia & Vicente

O WordPress enviou até 2015 as principais estatísticas sobre nosso blog. Entre 2016 e 2022, eles não disponibilizam este serviço. Este ano, WordPress enviou uma revisão do ano passado, mas a achei muito pobre. Então, como eu faço desde 2017, criei um post inspirado na mesma estrutura dos últimos anos para que os leitores do blog possam acessar os dados de 2023. Pessoalmente, o ano passado foi de muitas mudanças e o processo se aprofundará em 2024.  

Teatro de Epidaurus na Grécia

O Teatro de Epidaurus foi construído na Grécia há quase dois mil e quinhentos anos. Diz-se que possui a melhor acústica do mundo e a plateia pode ouvir perfeitamente as falas dos atores independentemente de sua posição – da primeira à quinquagésima quinta fileira.

Em 2023, este blog foi acessado aproximadamente 14 mil vezes. Este número de acessos equivale a plateia, em um espetáculo com casa lotada, do Teatro de Epidaurus.

Foram publicados 5 artigos em 2023. Assim o número total de artigos publicados desde 2009 chegou a 285.

Estes são os 10 posts com mais visualizações no World Observer by Claudia & Vicente em 2023:

  1. Segredinho no preparo da Proteína Texturizada de Soja (publicado em setembro de 2014);
  2. Stay Hungry, Stay Foolish (publicado em outubro de 2011);
  3. Já Temos a Tese e a Antítese – Chegou a Hora da Síntese (publicado em outubro de 2009);
  4. Rei Lear – A Velhice e a Sabedoria (publicado em novembro de 2011);
  5. Por que Netflix Errou ao Lançar o Filme Radioactive sobre Marie Curie? (publicado em maio de 2021);
  6. Há Dois Mil Anos Atrás – O Genial Heron de Alexandria (publicado em dezembro de 2013);
  7. Pasta de Dente e o Ventilador: Como Acelerar as Mudanças na sua Empresa (publicado em setembro de 2009);
  8. Claude Monet e as Ninfeias (publicado em outubro de 2011);
  9. E se alguém te mandar para o “Quinto dos Infernos”? (publicado em outubro de 2009);
  10. Fragmentados – Somos Kevin Crumb (publicado em setembro de 2021).

Fica claro que o blog virou referência em vários assuntos, porque oito dos dez posts mais acessados foram publicados há mais de cinco anos.

O post publicado em 2023 com maior número de acessos, 264, foi postado em junho e faz parte da série sobre o livro “A Revolta de Atlas” de Ayn Rand.

A Revolta de Atlas – Francisco D’Anconia e o Dinheiro

Ainda fiquei devendo mais alguns artigos sobre este livro. Prometo que quitarei a dívida durante 2024.

O blog foi encontrado através de sites de busca (principalmente o Google) por quase 11 mil pessoas.

Os sites que mais mencionaram o blog foram Facebook, LinkedIn e WordPress.

Pessoas de 66 países ou territórios acessaram o blog em 2023. Os leitores mais frequentes vieram, pela ordem, do Brasil, Estados Unidos, Portugal, Holanda, Moçambique, Canadá, China, Angola, Alemanha e França.

As figuras do blog receberam mais de 700 cliques em 2023.

Como escrevi no início deste post, o ano passado foi de muitas mudanças e de muito estudo. Larguei o conforto da “carteira assinada” e me lancei em carreira solo. Fiz um curso de Lean Governance (governança enxuta para startups) da Board Academy no primeiro trimestre. Concluí MBA em ESG (ambiental, social e governança) do IBMEC em outubro. O primeiro fruto do MBA foi a co-autoria de um livro de ESG para pequenos e médios negócios. Para fechar o ano, concluí em dezembro um curso do MIT sobre Economia Circular.

Tentei dividir minha atenção entre família, trabalho e estudo em 2023. Quem perdeu foi o blog…

Mantenho meu compromisso de trazer material de qualidade, mas com muito maior frequência. Compartilharei o que li e estudei nestes últimos meses.  Além disso, experimentarei outros formatos de mídia. Aguardem…

Agradecemos sua participação em 2023 e aguardamos suas críticas, comentários e sugestões em 2024.

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Fragmentados – Somos Kevin Crumb

Quem assistiu ao Filme “Fragmentado” de M. Night Shyamalan ficou espantado com o número de personalidades diferentes do personagem principal, Kevin Wendell Crumb. O ator James McAvoy representou incrivelmente algumas das 24 personalidades de Crumb, desde o menino Hedwig de 9 anos, passando pela adolescente Jade, o designer de moda Barry e pelo violento Dennis até chegar à mortal Besta.

James McAvoy interpretou as diferentes personalidades de Kevin Wendell Crumb.

Talvez haja surpresa ou contrariedade com o que apresentarei a seguir, mas todos nós somos fragmentados. Somos pelo menos um fragmento com nossos pais (às vezes, um diferente para o pai e outro para a mãe). Somos pelo menos um fragmento diferente com nossos filhos (às vezes, um diferente para cada um). Somos um outro fragmento com nosso esposo ou nossa esposa. Somos pelo menos um fragmento no trabalho. Muitos agem de uma forma com o chefe; de outra, com os pares; e ainda de outra, com os subordinados. E assim por diante, somos fragmentos diferentes na escola, no futebol, com os amigos… E há aqueles que se parecem com a personalidade Besta de Kevin Crumb quando estão interagindo nas redes sociais da Internet.

Eu nem falei dos efeitos da autoridade e do poder que geram outros fragmentos nas pessoas.

Se concordarmos que em cada papel que exercemos temos comportamento diferente e agimos como se fôssemos outra pessoa, ficará mais fácil aceitar que consideramos nossa própria fragmentação como natural e necessária. Mesmo assim vivemos em conflito, não estamos satisfeitos com o trabalho, com as relações e assim por diante. Sentimos, muitas vezes, um tédio e um vazio interior preenchido com diversões e drogas lícitas ou ilícitas.

A aceitação do pensamento sobre a naturalidade e inevitabilidade da fragmentação da vida torna naturais outras formas de fragmentação no mundo como, por exemplo, nacionalidades, etnias, religiões, ideologias e classes sociais. Nestes casos, a fragmentação gera a divisão e distanciamento do “nós” e “outros”. Estes “outros” são muitas vezes desumanizados pelo “nós”. O resultado final é o ódio e sua contínua realimentação.

Como podemos desejar um mundo com paz e menos iniquidade, se nós mesmos vivemos em eterno conflito e admitimos a naturalidade da fragmentação em nós e no mundo?

Fica claro que, sem resolver o problema dos conflitos no indivíduo, não solucionaremos os conflitos no mundo.

Afinal quem nós realmente somos?

Felizmente temos mais controle sobre nossos fragmentos (papéis e personalidades) do que o personagem Kevin Crumb. O poema “If” de Rudyard Kipling nos passa a mensagem que ao nos comportarmos de modo digno e único, não importando a situação ou ambiente, seremos um ser humano integral.

If you can fill the unforgiving minute

With sixty seconds’ worth of distance run

Yours is the Earth and everything that’s in it,

And – which is more – you’ll be a Man, my son.

Precisamos estar atentos a nossa forma de pensar e agir para tornarmo-nos uma única pessoa ao invés de um grande mosaico de pequenos cacos zumbis. Só assim nos pacificaremos internamente e, externamente, levaremos esta paz e a justiça aos nossos lares e ao mundo.

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