Arquivo do mês: março 2012

Bolo de Milho sem Glúten e sem Lactose

Há alguns meses a Cláudia descobriu que tinha intolerância a lactose, o açúcar do leite, e a glúten, um tipo de proteína presente em cereais como trigo, aveia e cevada. Seu problema com glúten não chega a ser tão grave quanto o dos celíacos, mas, mesmo assim, lhe causa uma série de transtornos.

Um dos celíacos mais famosos é Novak Djokovic. O sérvio sempre foi considerado um dos tenistas mais talentosos do circuito profissional, mas falhava nas horas decisivas dos jogos mais longos. Por ser jovem e magro, todos creditavam suas derrotas a alguma fraqueza psicológica. Mas ele descobriu que era celíaco, alterou sua dieta e chegou, no ano seguinte, ao topo do ranking da Associação dos Tenistas Profissionais.

Norman Djokovic

Casos como os da Cláudia e do Djokovic são mais comuns do que imaginamos.  Assim a busca por alternativas que substituam a farinha de trigo, rica em glúten, por outros ingredientes nos alimentos tornar-se cada vez mais frequente.

Antes de repassar a receita deste bolo, eu tenho um último aviso. A Cláudia já contribuiu como fotógrafa em outros posts gastronômicos e nos artigos sobre Rodin e Monet inspirados nas nossas férias na França. Desta vez, além da foto do bolo, ela também assina a receita. Hoje a minha parte é apenas o “enrolation”… Então vamos ao que realmente interessa, tudo com a Cláudia…

Vida de quem tem intolerância a glúten não é fácil… e bolo sem farinha de trigo é difícil achar um bom. Sempre os acho meio “secos”… mas esta receita salvou minha vida!! Adorei… seria perfeita se não precisasse de ovos… o que ainda irei testar. Mas por enquanto, para ajudar os que também têm intolerância, vai aí a receita. É superfácil:

Ingredientes:

8 colheres de sopa de Milharina (Quaker)
1 xícara de açúcar
3 ovos
1 vidro de leite de coco
1 lata de milho verde (colocar tudo, com a água)
1 colher média cheia de fermento em pó (Royal)

Modo de preparo:

Bater tudo no liquidificador.

Pode provar a massa e colocar mais açúcar à gosto.

Colocar numa forma pequena, de 20x30cm.

Assar até dourar (de 30 a 40min). Não cresce muito e fica úmido.

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A Humanidade é Desumana

Todo o dia ligamos a TV e vemos uma quantidade impressionante de imagens que provam que a humanidade vai de mal a pior. Eu, algumas vezes (talvez devesse ser quase o tempo todo…), me sinto um verdadeiro louco, porque defendo exatamente o contrário. A humanidade caminha, na minha visão, para novos estágios de evolução. Hoje se um homem bomba faz um atentado suicida no interior do Afeganistão, imediatamente somos informados pela CNN ou Globo News. De noite, em horário nobre, os diversos telejornais nos apresentam um grande número de tragédias pessoais ou coletivas, violência contra crianças, . crimes ambientais ou contra animais. Não temos como pensar diferente, a humanidade é desumana…

Na quinta-feira, quando cheguei em casa, a Cláudia assistia ao filme sobre Elizabeth I, a “rainha virgem” da Inglaterra, que reinou até o início do século XVII. A quantidade de maldades, perpetradas pelos seus adversários para matá-la, foi impressionante. Por outro lado, seu pai, o Rei Henrique VIII, para casar novamente e tentar um filho homem, inventou o adultério da sua esposa Ana Bolena que foi impiedosamente executada.

Elizabeth I

Elizabeth I

Há algumas semanas, eu e meu filho fomos a exposição sobre Roma no MASP. As histórias sobre os imperadores romanos também apresentam passagens deploráveis. A melhor que vimos é de Agripina. Ela teve um filho no primeiro casamento, Nero. Quando a esposa do imperador Cláudio, Messalina, foi executada por conspiração, ela seduziu o tio e casou-se com ele. Convenceu primeiro a adotar Nero como filho, depois convenceu a escolher Nero como seu sucessor. Quando Cláudio se arrependeu da escolha, envenenou e matou o marido. O pior é que depois Nero cansou da influência da mãe e resolveu matá-la. Fez as tentativas mais bizarras, incluindo até um naufrágio forçado. Finalmente conseguiu matar a mãe.

Nero e Agripina

Moedas com Nero e sua mãe Agripina

Nem falei de Átila, de Genghis Khan, Hitler ou Stalin. Guerras eram eventos normais; torturas, aceitas; assassinatos de inimigos, tolerados; violência, banalizada… Crianças e mulheres eram as principais vítimas no meio disso tudo. A humanidade civilizada admite isto hoje? Claro que não! Por isso, quando vemos na TV este tipo de notícia, achamos que as coisas estão piorando. Acontece exatamente o contrário.

Quando o Legião Urbana compôs a bela “Quando o Sol Bater na Janela do teu Quarto”, todos lembram do verso que usei como título deste post, “a humanidade é desumana”, mas esta música é um hino de otimismo e nos dá pistas sobre como melhorar o mundo.

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só,

Porque esperar
Se podemos começar
Tudo de novo?
Agora mesmo,

A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance,
O sol nasce pra todos,
Só não sabe quem não quer,

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só,

Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor,
E toda dor vem do desejo,
De não sentimos dor,

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só

Hoje podemos mudar o mundo, basta querer! Que mundo vamos deixar para trás? Assisti a um vídeo criado pela ONG Invisible Children na Internet que, apenas no YouTube teve até hoje 67 milhões de acessos. O vídeo pede a captura do rebelde Joseph Kony que faz ações na região central da África, raptando e torturando crianças para formar seu exército. A campanha quer a mobilização da comunidade internacional para atingir este objetivo até o final de 2012. Óbvio que existe controvérsia na web sobre esta ONG e suas reais intenções, mas vale a pena assisti-lo. O link abaixo é para o vídeo com legendas em português.

As redes sociais nos trazem possibilidades nunca antes imaginadas para debate, conscientização e ação. Se o Invisible Children, através desta ação, consegue influenciar o governo americano que não tem interesse político ou econômico na região, imaginem as possibilidades para melhorar o mundo…

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