Arquivo do mês: junho 2010

Lições do Futebol para Gerentes

Estamos acompanhando mais uma Copa do Mundo. O futebol ocupa um espaço impressionante na mídia. Jogos, reportagens, entrevistas e programas de debates preenchem a grade de programação das emissoras de televisão abertas e nos canais esportivos da TV a cabo. Para aqueles que não gostam do esporte bretão, este período é uma verdadeira tortura.

Sempre achei que o futebol traz inúmeros ensinamentos que podem ser utilizados na vida pessoal e profissional. As derrotas e vitórias deveriam ser avaliadas e as lições aprendidas usadas na busca de novas vitórias. Todos se lembram daquela velha frase:

– Devemos aprender com os nossos erros.

Sem dúvida, isto é fundamental. Se não entendermos os motivos da derrota, elas podem se repetir até a correção dos problemas. Um ato inteligente é aprender com os erros dos outros, mas esta análise não é tão simples de ser realizada, porque a transposição da situação do concorrente para a nossa realidade pode ser complexa. Entender as razões que levaram a vitória também é fundamental para que os resultados sejam sustentáveis.

Times participantes de um campeonato ou empresas ou profissionais deveriam fazer a análise SWOT antes de iniciar seus planejamentos.

 

Assim as forças (Strengths) e oportunidades (Opportunities) deverão ser aproveitadas ao máximo, gerando vantagens competitivas. Por outro lado, estratégias devem ser criadas para minimizar as fraquezas (Weaknesses) e superar as ameaças (Threats).

Uma figura central nos times de futebol é o treinador da equipe. Ele exerce a função de um importante gerente ou diretor da empresa. Deste modo, baseado na análise do seu time (empresa) e dos adversários (concorrência), o treinador (gerente ou diretor) define a escalação e a tática a ser empregada. O bom treinador aproveita as melhores virtudes do seu elenco de jogadores (forças), protege seus pontos falhos (fraquezas), procura se precaver dos pontos fortes dos adversários (ameaças) e aproveita as suas falhas (oportunidades).

O futebol mostra que um time médio motivado tem resultados melhores do que uma equipe de craques acomodados. A seleção brasileira de 2006 é a prova disto.

 

Um líder, no futebol ou nas empresas, deve conhecer as habilidades, limitações, personalidade e aspirações dos membros do seu time. Assim será mais fácil obter resultados excepcionais e superar grandes obstáculos.

Luiz Felipe Scolari já fez grandes trabalhos no Brasil e Portugal. Suas habilidades como motivador são indiscutíveis. Todavia, seus resultados na Inglaterra ficaram aquém do esperado. Provavelmente as barreiras culturais e da língua impediram a reprodução dos resultados do passado. O mesmo ocorre quando executivos são transferidos para outros países. A fórmula de sucesso adotada no Brasil para gerir pessoas pode ser um fracasso em outro país.

 

Ou seja, tanto no futebol quanto nas empresas ou nas nossas vidas, muitas vezes o sucesso pode depender mais de como o treinador (gerente) se relaciona e motiva seus subordinados do que táticas ou estratégias sofisticadas.

2 Comentários

Arquivado em Esporte, Gestão de Pessoas, linkedin