Em 1982, eu tinha uma importante decisão pela frente, era o momento de escolher qual seria a curso que eu concorreria a uma vaga no vestibular em janeiro do ano seguinte. Escolhi engenharia química, porque gostava de química, matemática e física, especialmente termodinâmica. Com apenas dezesseis anos, desconhecia o que fazia um engenheiro químico. Passei no vestibular da UFRGS e iniciei o curso. Nos primeiros anos, foi uma overdose de cálculo, física e química. Depois vieram as disciplinas mais diretamente ligadas à formação profissional – termodinâmica, fenômenos de transporte e operações unitárias. Sinceramente tudo foi um enorme quebra-cabeça. O mais interessante é que as peças podiam se encaixar de diferentes modos e, dependendo de cada um, sobravam ou faltavam peças.
No dia 16 de janeiro de 1988, peguei o canudo e conquistei o título de engenheiro. Depois de vinte e seis anos, passando pelas mais variadas funções, me tornei um engenheiro de processos generalista. Alguns podem torcer o nariz, como fazem em relação aos injustamente desvalorizados médicos clínicos gerais, mas é maravilhoso olhar para um processo complexo e ver como cada pequena parte é importante para o funcionamento harmonioso do todo.
Hoje o mundo está em busca de sustentabilidade. Devemos gerar alimentos, suprir água potável e energia e produzir bens de consumo para mais de 7 bilhões de pessoas, minimizando os impactos ao meio ambiente. Os engenheiros químicos têm uma missão importante nesta mudança de rumo da humanidade. Tive a sorte de escolher a melhor profissão do mundo!
Parabéns a todos os colegas neste dia 20 de setembro – Dia do Engenheiro Químico!