Quantas vezes, durante aqueles dezessete dias de total isolamento dos mineiros soterrados, falaram para o garoto que ele não veria mais o pai. Ou disseram para ele se conformar ou que deveria rezar, porque o seu papai estava no Ceu? Naquele momento inesquecível, seu pai “morto” foi devolvido para ele vivo e com saúde. Já pensaram na sensação deste momento?
E o pai, junto com os demais trinta e dois companheiros, estava preso e condenado à morte, sem perspectivas naqueles dezessete dias iniciais. Como reagiu a esta dramática situação? Será que, como na Caverna de Platão, se conformou com seu novo mundo ou deixou de acreditar em Deus? Ou fez um balanço da sua vida? Imagina se ele pensou que deveria ter abraçado mais as pessoas que amava e dito isto para elas…
Eu tenho acesso a quase todas as pessoas que amo. Será que eu digo o suficiente que as amo? Eu não creio! Escrevo este texto “preso” dentro de um avião e em quinze minutos estarei “livre” em Porto Alegre. Poderia dizer com maior frequência:
– Júlia e Léo amo vocês meus filhos!
– Cláudia, minha esposa, te amo!
– Mãe, eu te amo!
– Dinda e Dindo, amo vocês!
– Flávia e Fábio, meus manos, eu também amo vocês!
Pai, não tenho mais oportunidade de dizer o mesmo para ti. Acho que disse menos vezes do que deveria…
Sim, e muitas e muitas vezes nos esquecemos de dizer o quanto as pessoas são importantes para nós, até que perdemos… vou correndo dizer para os meus amados. Abraços.
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Também te amo… muito…
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