Para executar um projeto com sucesso é fundamental a criação de uma equipe que trabalhe de forma harmoniosa sem lacunas técnicas ou gerenciais. Todos concordam com esta afirmação, entretanto normalmente o time formado não é o ideal. Quantas vezes já fomos chamados na sala do chefe para receber a notícia que um funcionário da empresa vai ser deslocado para o projeto que lideramos? E existem casos que este colega apresenta dificuldades de relacionamento e gerentes de vários setores da empresa não querem colocar o “indivíduo” nas suas equipes. Como ninguém o quer ou tem coragem de demiti-lo, a “solução” é encostá-lo em um projeto.
E este é apenas o início. Depois de formar a equipe a diversão só aumenta. Existem conflitos e disputas de “beleza”. O gráfico apresentado abaixo é muito interessante.
Como podemos ver, ao invés de um grupo de trabalho, passamos a ter um pseudo-time com desempenho inferior à soma dos desempenhos individuais anteriores. Muito tempo é perdido com especulações de como o projeto vai ser gerenciado e quais serão as responsabilidades de cada membro da equipe.
Nesta etapa de formação temos as seguintes características:
– ambiente agitado e confuso;
– objetivos, responsabilidades e canais de comunicação nebulosos;
– relacionamentos superficiais e fraco comprometimento.
Temos, na sequência, potencialmente um time, mas os conflitos devem ser atacados de frente pelo gerente sob pena de gerar problemas de solução muito complexa. Em muitos casos, as vaidades superam as metas do projeto. Dependendo da situação, a saída pode passar pela substituição de alguns membros da equipe.
Nesta etapa de turbulência, encontramos:
– ambiente conturbado por conflitos e ataques;
– confronto com o líder, com resistências e desistências;
– “panelinhas” e dificuldades de entendimento.
Se os conflitos forem solucionados, as responsabilidades e metas claramente definidas, chegaremos a um time de verdade.
Para um grupo trabalhar realmente como uma equipe, devemos passar pela normatização:
– ambiente de coesão com padrões de comportamento e processo de entendimento;
– identificação dos problemas importantes;
– resolução de conflitos.
O sonho, ou utopia para alguns, é o time de alto desempenho. Os membros da equipe criam relações de interdependência genuínas, onde cada membro apoia o colega.
Se chegarmos à etapa de alto desempenho, teremos:
– ambiente cooperativo;
– articulação entre os componentes;
– criatividade e flexibilidade.
O gerente de projeto deve estar consciente que o sucesso do empreendimento passa pelas pessoas. A evolução da equipe depende da sua atuação. Se ele agir como um avestruz, enterrar a cabeça no chão para não ver os problemas, eles poderão assumir uma proporção muito grande para serem resolvidos apenas com bate-papos. A substituição de membros da equipe, incluindo o próprio gerente, pode ser imperiosa.